sábado, 18 de junho de 2011

3º ano - aula 2 - Taxonomia

Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos.

Ela estabelece critérios para classificar todos os seres vivos sobre a Terra em grupos

De acordo com as características fisiológicas, evolutivas, anatômicas de cada ser vivo ou grupo de seres vivos.

No século XVII surge o conceito de espécie introduzido pelo naturalista John Ray (considerado o pai da história natural inglesa).

No século seguinte, os seres vivos começam a ser classificados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico.

Até que, em 1735, Carl Von Linné (1707-1778), mais conhecido como Lineu, 

Publica Systema Naturae onde trata dos reinos animal, vegetal e mineral agrupando os seres vivos em classes, ordens, gêneros e espécies.

A partir daí passou-se a usar o sistema binominal - gênero e espécie - criado por Lineu para classificar as diferentes espécies de seres vivos.

A obra de Lineu foi mais tarde republicada em dois volumes (1758-1759)

A classificação binominal foi consolidada e vários dos termos utilizados por Lineu,

como flora e fauna são usados até hoje, motivos pelos quais Lineu é considerado o pai da taxonomia moderna.

A taxonomia se divide em dois grandes ramos.

Um deles, a Sistemática, trabalha com a divisão dos seres vivos em grupos de acordos com suas semelhanças;

e a Nomenclatura, trabalha na definição de normas universais para a classificação dos seres vivos

com o intuito de facilitar o estudo das espécies ao utilizar uma denominação universal.

Hoje, os táxons, as categorias taxonômicas propostas por Lineu, ainda são mantidas

E foram acrescentados mais dois: o filo e a família.

A sequência de táxons ficou assim:

Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie.

A espécie é a unidade taxonômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem

as mesmas características cromossômicas (n.º de cromossomos), anatomia semelhante, fisiologia e

desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental:

o cruzamento de seres da mesma espécie deve originar um novo ser vivo fértil.

O exemplo mais comum para se ilustrar o que é uma espécie é o cruzamento entre um jumento e uma égua.

Ambos, aparentemente preenchem todas as características acima e poderiam ser da mesma espécie,

entretanto de seu cruzamento nasce o burro (ou a mula) que é um animal infértil e, portanto,

o jumento e a égua não podem ser considerados como sendo da mesma espécie.

Espécies que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros

Os gêneros, por sua vez são agrupados em famílias.

Várias famílias formam uma ordem.

Claro que conforme se avança na classificação das espécies em sentido crescente

 (espécie à gênero à família…) a diversidade vai aumentando e as diferenças entre os seres também.

Várias ordens de seres vivos com características predominantes semelhantes podem ser agrupados em classes.

Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas, as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes.

As classes, por sua vez, fazem parte dos filos (às vezes sub filos)

Os filos, são agrupados em reinos que são a classificação mais genérica dos seres vivos.

Exemplo


Observe que a partir do reino vai se tornando cada vez mais escasso o número de seres vivos no mesmo táxon, até chegar a espécie.


Homologia e Analogia

Os órgãos que apresentam a mesma origem embrionária são chamados de órgãos homólogos.

Exemplo:

- membros dos vertebrados tetrápodos: braços do homem, asas da ave, nadadeiras da baleia, etc.

No decorrer da evolução biológica, os membros de cada ser vivo foram se adaptando

conforme as suas funções e o meio em que vivem, por isso sofreram muitas transformações.

Este processo denomina-se irradiação adaptativa.


Orgãos homólogos


Os órgãos que apresentam a mesma função são chamados de órgãos análogos.

Exemplo:

- as asas dos insetos e das aves, ambas têm a mesma função: proporcionar o vôo.

Esses órgãos apresentam origens embrionárias diferentes,

porém são análogos por apresentarem a mesma função,

pois vivem num mesmo habitat e se adaptaram a ele.

Este processo de adaptação é chamado convergência adaptativa.




Nomenclatura dos seres vivos

Se você consultar um dicionário verificará que o fruto conhecido como ABÓBORA

Também pode ser chamado de jerimum, jerimu, jurumum, zapolo e zapolito-de-tronco.

É provável que você não conheça todos esses nomes.

Se em uma única língua de um único País existem tantos nomes para um mesmo organismo,

calcule, então, como seria confuso se considerarmos todas as línguas e dialetos que existem no mundo!

Para facilitar a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades, que falam diferentes idiomas,

e entre pessoas de diferentes regiões geográficas de um mesmo país,

São utilizados nomes científicos para designar as várias espécies de seres vivos.

O sistema atual de nomenclatura segue proposta de Lineu:

é binomial, isto é, composto por dois nomes escritos em latim, ou latinizados;

o primeiro nome refere-se ao gênero e deve ter a inicial com letra maiúscula,

Exemplo: Canis


o segundo nome é o epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula,

Exemplo: familiaris


Os dois juntos formam o nome da espécie, 

Exemplo:

Canis familiaris, que é o cão doméstico.


Os nomes científicos devem ter grafia diferenciada no texto.

Se este for manuscrito, deve-se passar um único traço embaixo do nome.

Se for impresso pode-se, por exemplo, deixar a letra em itálico.

                                                             Observe o exemplo abaixo
                                                      

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