segunda-feira, 20 de agosto de 2012

3º ano - aula 10 - REINO MONERA - PARTE I

Todas as espécies de seres vivos conhecidas estão classificadas em cinco reinos, que são:

1 - REINO MONERA

2 - REINO PROTISTA ou PROTOCTISTA

3 - REINO FUNGI

4 - REINO ANIMALIA

5 - REINO PLANTAE

Os Monera e os Protistas são seres vivos constituídos por uma única célula.

No Reino Monera as células são procarióticas e os organismos unicelulares.

No Reino Protista (onde já houve evolução) os organismos tambem são unicelulares,

Porém suas células são eucarióticas.

No Reino Fungi, os organismos são pluricelulares (raros são unicelulares) e eucariontes.

Sendo assim, tambem, os Reinos Animalia e Plantae.

1 - REINO MONERA

Todos os organismos pertencentes ao Reino Monera são constituídos por uma única célula - unicelulares.

Essa única célula é procariótica, ou seja,

Não possui carioteca e, portanto, o material nuclear (DNA e RNA) está misturado ao citoplasma.

Os procariontes são os menores organismos e os mais simples estruturalmente.

NOTE que as células são procarióticas ou eucarióticas

POREM os organismos são procariontes ou eucariontes.

Ocorrem em praticamente todos os ambientes, podem viver isolados ou em colônias.

Medem cerca de 1 µm = 0,001 mm (milésima parte do metro).

Em geral são heterótrofas, mas existem espécies autótrofas.

Em termos evolutivos, eles são também os mais antigos organismos da Terra

Foram encontrados fósseis de cerca de 3,5 bilhões de anos.

E, consistem de duas linhagens distintas: Bacteria (ou eubactéria) e Archaea (ou arqueobactéria).

1 - Archaea - (archeo = antigo / primitivo)

2 - Eu - (eu = verdadeiro)

1 - Archaea -Arqueobactéria

As arqueas são pouco conhecidas devido as dificuldades de acesso aos seus habitats e coleta de material. 

As arqueas são semelhantes as bactérias e só foram diferenciadas graças as técnicas de análise molecular. 

Uma das diferenças consiste na composição química da parede celular,

pois as bactérias apresentam peptidoglicano na sua parede celular, enquanto as arqueas não.

Elas apresentam polissacarídeos e outras apresentam apenas proteínas.

Mas a diferença mais marcante está na organização e funcionamento dos genes.

Estudos mostram que as sequencias codificadas nos genes das arqueas estão mais próximas dos eucariontes do que das bactérias.

As arqueas podem ter forma esférica, de bastão, espiralada, achatada ou irregular.

São conhecidas as arqueobactérias:

Metanogênicas, que são anaeróbias e produtoras de metano.

As halófitas, que são aeróbias e vivem em ambientes com alta concentração de sais.

As termoacidófilas, que suportam altas temperaturas e grande acidez do meio.





As metanógenas são anaeróbias estritas que produzem metano (CH4) A partir de dióxido de carbono (CO2) e de hidrogênio (H2).

As halófilas exigem concentrações de sal muito altas,

como as encontradas no Mar Morto,

para o seu crescimento.

As termoacidófilas exigem altas temperaturas e condições ácidas para crescerem

– normalmente 80º C a 90º C e pH 2.

Essas exigências para desenvolvimento podem ter resultado de adaptações a condições adversas na Terra primitiva.

sábado, 4 de agosto de 2012

3º ano - aula 9 - CLASSIFICAÇÃO DOS SERES VIVOS


Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos.

Ela estabelece critérios para classificar todos os seres vivos sobre a Terra em grupos

De acordo com as características fisiológicas, evolutivas, anatômicas de cada ser vivo ou grupo de seres vivos.

No século XVII surge o conceito de espécie introduzido pelo naturalista John Ray (considerado o pai da história natural inglesa).

No século seguinte, os seres vivos começam a ser classificados de acordo com sua história evolutiva e desenvolvimento embriológico.

Até que, em 1735, Carl Von Linné (1707-1778), mais conhecido como Lineu, 

Publica Systema Naturae onde trata dos reinos animal, vegetal e mineral agrupando os seres vivos em classes, ordens, gêneros e espécies.

A partir daí passou-se a usar o sistema binominal - gênero e espécie - criado por Lineu para classificar as diferentes espécies de seres vivos.

A obra de Lineu foi mais tarde republicada em dois volumes (1758-1759)

A classificação binominal foi consolidada e vários dos termos utilizados por Lineu,

como flora e fauna são usados até hoje, motivos pelos quais Lineu é considerado o pai da taxonomia moderna.

A taxonomia se divide em dois grandes ramos.

Um deles, a Sistemática, trabalha com a divisão dos seres vivos em grupos de acordos com suas semelhanças;

e a Nomenclatura, trabalha na definição de normas universais para a classificação dos seres vivos

com o intuito de facilitar o estudo das espécies ao utilizar uma denominação universal.

Hoje, os táxons, as categorias taxonômicas propostas por Lineu, ainda são mantidas

E foram acrescentados mais dois: o filo e a família.

A sequência de táxons ficou assim:

Reino, Filo, Classe, Ordem, Família, Gênero e Espécie.

A espécie é a unidade taxonômica fundamental e agrupa seres vivos que possuem

as mesmas características cromossômicas (n.º de cromossomos), anatomia semelhante, fisiologia e

desenvolvimento embrionário idênticos entre si, além de um critério fundamental:

o cruzamento de seres da mesma espécie deve originar um novo ser vivo fértil.

O exemplo mais comum para se ilustrar o que é uma espécie é o cruzamento entre um jumento e uma égua.

Ambos, aparentemente preenchem todas as características acima e poderiam ser da mesma espécie,

entretanto de seu cruzamento nasce o burro (ou a mula) que é um animal infértil e, portanto,

o jumento e a égua não podem ser considerados como sendo da mesma espécie.

Espécies que apresentam algumas características comuns são agrupadas em gêneros

Os gêneros, por sua vez são agrupados em famílias.

Várias famílias formam uma ordem.

Claro que conforme se avança na classificação das espécies em sentido crescente

 (espécie à gênero à família…) a diversidade vai aumentando e as diferenças entre os seres também.

Várias ordens de seres vivos com características predominantes semelhantes podem ser agrupados em classes.

Um exemplo é a classe dos insetos que agrupa animais como as abelhas, as baratas e as moscas, todas de espécies diferentes.

As classes, por sua vez, fazem parte dos filos (às vezes sub filos)

Os filos, são agrupados em reinos que são a classificação mais genérica dos seres vivos.



No exemplo acima, Canis familiaris é denominado por alguns autores como epiteto específico.

Observe que a partir do reino vai se tornando cada vez mais escasso o número de seres vivos no mesmo táxon, até chegar a espécie.

Homologia e Analogia

Os órgãos que apresentam a mesma origem embrionária são chamados de órgãos homólogos.

Exemplo:

- membros dos vertebrados tetrápodos: braços do homem, asas da ave, nadadeiras da baleia, etc.

No decorrer da evolução biológica, os membros de cada ser vivo foram se adaptando

conforme as suas funções e o meio em que vivem, por isso sofreram muitas transformações.

Este processo denomina-se irradiação adaptativa.



                                                            ESTRUTURAS HOMÓLOGAS


Os órgãos que apresentam a mesma função são chamados de órgãos análogos.

Exemplo:

- as asas dos insetos e das aves, ambas têm a mesma função: proporcionar o vôo.

Esses órgãos apresentam origens embrionárias diferentes,

porém são análogos por apresentarem a mesma função,

pois vivem num mesmo habitat e se adaptaram a ele.

Este processo de adaptação é chamado convergência adaptativa.




Nomenclatura dos seres vivos

Se você consultar um dicionário verificará que o fruto conhecido como ABÓBORA

Também pode ser chamado de jerimum, jerimu, jurumum, zapolo e zapolito-de-tronco.

É provável que você não conheça todos esses nomes.

Se em uma única língua de um único País existem tantos nomes para um mesmo organismo,

calcule, então, como seria confuso se considerarmos todas as línguas e dialetos que existem no mundo!

Para facilitar a comunicação entre pessoas de diferentes nacionalidades, que falam diferentes idiomas,

e entre pessoas de diferentes regiões geográficas de um mesmo país,

São utilizados nomes científicos para designar as várias espécies de seres vivos.

O sistema atual de nomenclatura segue proposta de Lineu:

é binomial, isto é, composto por dois nomes escritos em latim, ou latinizados;

o primeiro nome refere-se ao gênero e deve ter a inicial com letra maiúscula,

Exemplo: Canis

o segundo nome é o epíteto específico e deve ser escrito com inicial minúscula,

Exemplo: familiaris

Os dois juntos formam o nome da espécie, 

Exemplo:

Canis familiaris, que é o cão doméstico.

Os nomes científicos devem ter grafia diferenciada no texto.

Se este for manuscrito, deve-se passar um único traço embaixo do nome.

Se for impresso pode-se, por exemplo, deixar a letra em itálico.


Alguns autores chamam Canis de gênero e familiaris de espécie.

3º ano - aula 8 - PRIONS

                                                 Tecido cerebral com aspecto espongiforme


Príons são partículas proteicas responsáveis por diversas atividades, como amadurecimento dos neurônios.

Entretanto, podem se tornar patogênicas, causando doenças crônicas e degenerativas do sistema nervoso central,

deixando tais regiões com aspecto de esponja, ao serem observadas ao microscópio.

A transmissão pode se dar de forma infecciosa ou hereditária;

Não provocando respostas imunitárias ou inflamatórias no indivíduo acometido.

A encefalopatia espongiforme bovina, ou mal da vaca louca, é uma doença priônica que afeta bovinos.

De evolução bastante rápida após o surgimento dos sintomas, estes animais geralmente não resistem mais do que seis meses.

Dificuldade de locomoção e nervosismo são as principais manifestações observáveis.

Uma doença causada por príons cujos sintomas são semelhantes ao mal da vaca louca

e que acomete indivíduos da nossa espécie chama-se doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ).

Esta, transmitida por meio de transfusões de sangue, contato com instrumentos cirúrgicos contaminados,

herança genética ou de surgimento esporádico; causa dificuldades de locomoção e demência progressiva,

sendo muitas vezes confundida com a demência senil ou Alzheimer.

Sua incidência anual é de um caso a cada dois milhões de pessoas e, geralmente, leva o indivíduo a óbito em menos de um ano após o surgimento dos sintomas.

A nova variante da doença de Creutzfeldt-Jakob, ou vDCJ, está relacionada ao consumo de carne bovina ou seus derivados contaminados pela encefalopatia espongiforme.

Até o presente momento, nenhuma destas doenças é detectável em fase precoce e,

após o surgimento dos sintomas, o que se pode verificar são as alterações na região do sistema nervoso central.

por meio de ressonância magnética e tomografia computadorizada, mas que são semelhantes a outras doenças neurológicas degenerativas.

Assim, somente analisando o material cerebral ao microscópio, após o óbito, é que pode ser feito o diagnóstico confirmatório.

Como as doenças priônicas são incuráveis, o tratamento visa retardar e controlar os sintomas.





3º ano - aula 7 - VÍRUS


Vírus são estruturas que estão no limite entre o vivo e o não vivo.

Para realizar uma função vital que é a reprodução, obrigatoriamente, parasitam alguma célula.

Portanto, os vírus são parasitas obrigatórios.

São constituídos por proteínas e ácidos nucleicos, sendo que, na maioria dos casos,

o ácido nucleico é o DNA.

DNA > RNA > PROTEÍNA.

Porém, há os retrovírus. 

Nesses,

o ácido nucleico é o RNA.

RNA > DNA > RNA > PROTEÍNA.

O HIV é um retrovírus.


A palavra vírus é originária do latim e significa toxina ou veneno.

O vírus é um organismo biológico com grande capacidade de multiplicação,

utilizando para isso a estrutura de uma célula hospedeira.

É um agente capaz de causar doenças em animais e vegetais.

Ele é formado por um capsídeo de proteínas que envolve o ácido nucleico, que pode ser:

RNA (ácido ribonucleico) - nesse caso o denominamos retrovírus

ou

DNA (ácido desoxirribonucleico). 

Em alguns tipos de vírus, esta estrutura é envolvida por uma capa lipídica com diversos tipos de proteínas.

São os vírus envelopados

Um vírus sempre precisa de uma célula para poder replicar seu material genético, produzindo cópias da matriz.

Portanto, ele possui uma grande capacidade de destruir uma célula,

pois utiliza toda a estrutura da mesma para seu processo de reprodução.

Podem infectar:

células eucarióticas (de animais, fungos, vegetais)

Nesse caso são denominados VÍRUS.

E procarióticas (de bactérias).

Nesse caso são denominados BACTERIÓFAGOS.

São quatro as fases de um vírus:

1. Entrada do vírus na célula: 

Ocorre a absorção e fixação do vírus na superfície celular e logo em seguida a penetração através da membrana celular.

2. Eclipse:

Um tempo depois da penetração, o vírus fica adormecido e não mostra sinais de sua presença ou atividade.

3. Multiplicação: 

Ocorre a replicação do ácido nucleico e as sínteses das proteínas do capsídeo.

Os ácidos nucléicos e as proteínas sintetizadas se desenvolvem com rapidez, produzindo novas partículas de vírus.

4. Liberação:

As novas partículas de vírus saem para infectar novas células sadias.

Exemplos de doenças humanas provocadas por vírus:

Hepatite, sarampo, caxumba, gripe, dengue, poliomielite, febre amarela, varíola, AIDS e catapora.

Os antibióticos não servem para combater os vírus.

(fique atento quando o médico lhe disser que "é virose" e prescrever antibiótico).

Alguns tipos de remédios servem apenas para tratar os sintomas das infecções virais.

As vacinas são utilizadas como método de prevenção.

Pois estimulam o sistema imunológico das pessoas a produzirem anticorpos contra determinados tipos de vírus.

Linfócitos T4 são glóbulos brancos que atuam no sistema imunológico.

São um dos principais tipos celulares do sistema imunológico.

Após a fagocitose realizada pelos Macrófagos, identificam, na membrana dessas células, o antígeno.

Podem, dessa maneira, ativar a defesa específica do corpo.

Para que sejam produzidos anticorpos.

Que combatem o antígeno

Quando formam o complexo antígeno x anticorpo.

Os Linfócitos T4 são as células atingidas pelo vírus HIV.

Causador da Aids.

Por isso, a doença torna o organismo vulnerável à infecções oportunistas.

O vírus HIV invade essas células que possuem a superfície CD4,

Com o receptor químico GP-120, assim como o vírus.





O termo vírus, hoje, é utilizado para identificar coisas ou pessoas más, como, por exemplo, o vírus do computador.



Rabdovírus

Grupo de vírus com grande tamanho, em forma de ogiva, onde inclui-se o vírus da raiva.


Adenovírus

Vírus que no ser humano provoca um conjunto de doenças como a conjuntivite, a gastroenterite, a faringite.

E infeções agudas no aparelho respiratório.


A palavra vírion ou víron é usada para se referir a uma única partícula viral que estiver fora da célula hospedeira.

3º ano - aula 6 - BIODIVERSIDADE



A formação da palavra biodiversidade se dá pela união do radical

Bio = vida e da palavra

diversidade = variedade, 

por isso conclui-se que biodiversidade significa ‘variedade de vida’.

A biodiversidade reúne toda a variedade de vida, desde microrganismos até animais e plantas.

É o conjunto de espécies que estabelece uma inter-relação na qual cada ser,

por mais simples que seja, 

tem uma função fundamental na composição do ecossistema.

A biodiversidade funciona como uma máquina, em que animais, vegetais e os seres vivos em geral são

suas engrenagens.

Por exemplo, se uma espécie de vegetal for comprometida, poderá ocasionar a extinção daquele animal que o tem como base de sua dieta.

Esse animal que se extinguiu, por sua vez, possuía uma função na cadeia alimentar ou na própria natureza.

A preservação da natureza e da diversidade garante a proliferação da vida.

As indústrias têm focalizado sua atenção às florestas,

para conhecer espécies que podem ser utilizadas como matéria-prima na produção de medicamentos e cosméticos,

mas não pensam que essa exploração pode alterar ou impactar as áreas de possível extração.

O homem com sua capacidade de pensar, gerar riquezas e desenvolver tecnologias, cria várias coisas,

mas não consegue (ou não quer) recriar o habitat que ele mesmo danificou.

Estudos revelam que nos próximos 25 anos, de duas a sete espécies em cada 100 vão se extinguir. 

É importante saber que cada planta extinta ocasiona a perda de 30 espécies de animais e insetos que dela dependem.

Eduardo de Freitas
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola

Segundo cientistas taxonimistas, existem, aproximadamente, 1 milhão e 500 mil espécies descritas.

Porém, calcula-se que haja entre 5 a 30 milhões de espécies

Pois muitos ambientes ricos em fauna e flora ainda não foram explorados.

Além do mundo dos microrganismos.

Exemplos desses ambientes inexplorados:

Copas das árvores de florestas tropicais

Fundo dos mares e oceanos

Recifes de corais

Milhares de microrganismos que infestam plantas e animais.


A ideia da diversidade das espécies surgiu com a junção da Taxonomia e da Biogeografia. 

A primeira, é uma ciência que se ocupa do estudo, descrição e classificação de novas espécies, a Taxonomia.

A segunda, se ocupa da localização geográfica da ocorrência das espécies

Na verdade, antes da taxonomia surgir como ciência, haviam os estudiosos que eram chamados de “naturalistas”.

Dentre eles estavam, inclusive, alguns filósofos como Aristóteles e Plínio.

Mas, foi só à partir do século XVIII,

Quando Lineu criou um sistema de classificação de espécies,

Que formaria a base do sistema atual,

Que o estudo das espécies começou a se tornar  um ramo distinto das outras ciências trazendo a ideia

Da diversidade da vida no planeta.

Ou

BIODIVERSIDADE.