sábado, 7 de setembro de 2013

3º ANO - AULA 22 - HISTOLOGIA VEGETAL - TECIDOS PERMANENTES

PARÊNQUIMAS



Os tecidos parenquimáticos são vivos e seus tipos principais são o clorofiliano e o de reserva.

O parênquima clorofiliano
é o tecido responsável pela síntese da matéria orgânica do vegetal.

Suas células, ricas em cloroplastos, realizam a fotossíntese.

São encontradas nas partes aéreas dos vegetais, principalmente nas folhas. 


Uma parte da matéria orgânica fabricada pela fotossíntese é armazenada no parênquima de reserva.

E será usada posteriormente pelo embrião ou pela planta.


O parênquima de reserva é encontrado nas raízes - batata-doce, beterraba, cenoura, macaxeira, etc.-

Nos caules - batata inglesa, cana-de-açúcar, cará, etc. E nas folhas, sementes e frutos.

Nas plantas do deserto, como as cactáceas, o parênquima pode armazenar água - parênquima aquífero.


Em certas plantas aquáticas como a vitória-régia e o aguapé,

As células desse tecido se arrumam de modo a formar grandes lacunas onde o ar se acumula,

Facilitando a flutuação, é o parênquima aerífero. 


TECIDOS DE SUSTENTAÇÃO

Colênquima e Esclerênquima 

Esses tecidos promovem a sustentação da forma do organismo.

Está localizado na periferia dos caules e das folhas, logo abaixo da epiderme.

É formado por um agrupamento compacto de células com espessamentos de celulose na parede celular.

O colênquima, é resistente e dotado de grande flexibilidade, permitindo o crescimento da planta.

É encontrado em plantas jovens e em plantas herbáceas, de estrutura delicada.

O esclerênquima, tecido mais duro, é encontrado no caule (tronco) das plantas lenhosas

É formado por células com paredes espessas, constituídas de celulose e de uma substância rígida e impermeável, a lignina.

O esclerênquima forma o cerne parte mais central e dura dos troncos - a madeira. 

Enquanto o colênquima é formado por células vivas, pois a celulose é permeável;

O esclerênquima é formado por células mortas, já que a lignina impede a troca de gases e a absorção de alimentos.


TECIDOS DE TRANSPORTE OU CONDUÇÃO

Xilema ou lenho

O lenho se relaciona com a condução da seiva bruta, também chamada de mineral ou inorgânica.

Ou seja, o xilema transporta a água e os sais minerais absorvidos do ambiente.

Na verdade o lenho é um tecido complexo em que os vasos lenhosos são seus principais componentes.

Vasos lenhosos

As células que organizam os vasos lenhosos são mortas.

São alongadas e com paredes reforçadas por celulose e lignina.

Isso evita o colapso do vaso quando a pressão da seiva bruta em seu interior é muito alta.

Floema ou líber

O floema é responsável pela condução da seiva elaborada ou orgânica.

Ela é rica em compostos orgânicos sintetizados na fotossíntese.

Os vasos liberianos e as células companheiras são os principais componentes desse tecido.

Vasos liberianos ou crivados

São formados por células vivas e sem núcleo.

Células companheiras

Células vivas, anexas aos vasos liberianos, colaboram no transporte da seiva elaborada.


3º ANO - AULA 21 - HISTOLOGIA VEGETAL - TECIDOS PERMANENTES

OS TECIDOS ADULTOS OU PERMANENTES ORIGINAM-SE DOS MERISTEMAS.

São eles: os de proteção, os parenquimáticos, os de sustentação e os de transporte.

Tecidos de proteção

Esses tecidos protegem as plantas contra os diversos agentes agressores, que podem danificá-las.

Existem dois tipos básicos de tecidos protetores - epiderme e súber

Epiderme e súber

O corpo dos vegetais superiores é revestido por uma camada protetora simples de células, a epiderme. 

Nas plantas terrestres, a epiderme das partes aéreas é coberta por um lipídio impermeável, a cutina.

Esse lipídio evita a perda excessiva de água pela planta;

Pode haver também uma cera, impedindo a transpiração excessiva.

Essas substâncias, porém, dificultam a passagem de CO2 e O2.

A entrada e a saída desses gases são garantidas por aberturas que existem na epiderme, os estômatos.

Os estômatos permitem as trocas de gases, facilitando a fotossíntese e a respiração.

Essas aberturas podem se fechar sempre que a perda de água ameaça a vida da planta.

Aparecem na epiderme diversos tipos de pelos que são prolongamentos das células da epiderme.

É o caso dos pelos da raiz, importantes na absorção da água do ambiente;

E dos pelos da urtiga, que contêm um líquido urticante que funciona como defesa. 

As papilas conferem o aspecto aveludado de certas folhas e pétalas de flores.

Papilas são pequeninas projeções da epiderme, que também impedem a transpiração excessiva.

Os acúleos são projeções pontiagudas da epiderme.

São encontrados nos caules das roseiras e geralmente confundidos com espinhos.

Nas regiões velhas de caules e raízes surge uma camada de tecido protetor.

O súber, também chamado de cortiça

Esse tecido é formado por células mortas e revestidas por uma substância impermeável, a suberina.  

As lenticelas são aberturas existentes no súber que permitem o arejamento da planta.



3º ANO - ANO - AULA 20 - HISTOLOGIA VEGETAL - TECIDOS MERISTEMÁTICOS

A organização do corpo dos vegetais é bem diferente da organização do corpo dos animais.

A maior parte dessas diferenças é uma adaptação ao modo autotrófico de vida. 

Somente os vegetais possuem tecidos especializados para a fotossíntese e para a condução da seiva.

Essas diferenças são ainda maiores nos vegetais terrestres.

Nessas plantas encontramos tecidos especializados para evitar a perda de água

E para sustentar o corpo do vegetal contra a gravidade.

HISTO = TECIDO

LOGIA = ESTUDO

ESTUDO DOS TECIDOS

As angiospermas, por exemplo, são vegetais dotados de raízes, caules, folhas, flores, sementes e frutos.

Nelas, o organismo resulta do desenvolvimento de um embrião, contido na semente.

A semente, por sua vez, origina-se de sucessivas divisões mitóticas ocorridas em um zigoto.

As células embrionárias, com alto poder proliferativo, originam na planta os tecidos meristemáticos.

Os tecidos meristemáticos são responsáveis pelo crescimento do corpo do vegetal.

A partir desses tecidos surgem os tecidos permanentes.

Especializados no desempenho de uma determinada função.

Portanto, os tecidos vegetais podem ser basicamente classificados em:

Tecidos meristemáticos

Tecidos permanentes

TECIDOS MERISTEMÁTICOS

As células meristemáticas possuem um alto poder proliferativo.

Ou seja, reproduzem-se rápida e intensamente, promovendo o crescimento da planta.

São células pequenas, com parede celular fina, núcleo central volumoso e numerosos vacúolos pequenos.

Podem apresentar plastos indiferenciados, incolores, denominados pró-plastos.

Aos poucos essas células começam a se diferenciar, se especializando em determinadas funções.

Nesse ponto elas perdem parcial e até totalmente sua capacidade proliferativa.

A parede celular torna-se mais espessa.

Os vacúolos pequenos fundem-se e se transformam em um único e volumoso vacúolo.

Os pró-plastos tornam-se ativos e, dependendo da célula, podem originar os cloroplastos e leucoplastos.


Os meristemas podem ser primários ou secundários


O meristema primário

É o tecido que constitui o embrião da planta e é responsável pelo seu desenvolvimento.

Localiza-se no ápice e ao longo do caule, definindo as gemas apicais e laterais.

As laterais surgem depois das apicais e são responsáveis pela formação de ramos, folhas e flores.

A maior parte desse meristema transforma-se em outros tipos de tecidos.

E uma parte menor fica restrita às extremidades da raiz e do caule.

Essa parte menor garante que o vegetal cresça no sentido do comprimento - crescimento longitudinal -

Também chamado de crescimento primário.

O meristema dessa região apresenta três camadas que originam a epiderme, a casca e a medula da planta.

Enquanto a planta cresce em comprimento, dizemos que ela possui estrutura primária.



Nas plantas lenhosas - árvores e arbusto - encontramos no interior do caule e da raiz outro meristema.

O meristema secundário

É responsável pelo crescimento da planta em espessura - crescimento transversal - 

Isto é, são responsáveis pelo alargamento do vegetal.

Esse crescimento é denominado crescimento secundário.

Esse tipo de crescimento começa a ocorrer cerca de um ou dois anos após a germinação.

As gimnospermas como os pinheiros e as sequoias e as angiospermas como o ipê e o flamboaiã

Apresentam meristemas secundários.

São dois os meristemas secundários: felogênio e câmbio

O felogênio produz para o lado externo um tecido que se diferencia no súber.

Esse tecido é morto e reveste caules e raízes de plantas arbustivas e arbóreas.

Para o lado interno o felogênio produz a epiderme, tecido vivo com função de preenchimento.

O câmbio produz no lado interno o xilema e no lado externo o floema.