sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Transporte ativo

Esse tipo de transporte através da membrana citoplasmática acontece com gasto de ATPs pela célula, portanto, como há dispêndio de energia o transporte é chamado ativo.

Nesses fenômenos acontece o movimento de soluto contra o gradiente de concentração, isto é, do meio menos concentrado para o meio mais concentrado

Para um funcionamento normal das células do nosso organismo há a necessidade de que as concentrações de íons sejam permanente, tanto no meio intra quanto no meio extracelular.

As células necessitam que o sódio (Na = Nautirum) seja abundante no meio extracelular para atuar no equilíbrio osmótico

Necessitam de muito potássio (K = Kalium) no meio intracelular pois esses íons são importantes na síntese proteíca e em etapas da respiração

E, ambos, estabelecem diferenças de cargas elétricas nas membranas celulares, especialmente nos neurônios, proporcionando a transmissão dos impulsos elétricos

Porém, como tem muito Na+  fora da célula, naturalmente, por difusão facilitada, o Na+  entra na célula a fim de equilibrar os meios intra e extracelular (torná-los isotônicos)

Também, como tem muito K+  dentro da célula, naturalmente, por difusão facilitada, o K+ sai da célula para equilibrar as concentrações intra e extracelular

Surge, então, a Bomba de Na+ e K+

Com consumo de ATPs, ou seja, com gasto de energia, as células empurram o Na+  para fora e trazem o K+  para dentro da célula

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Osmose

Osmose é a tendência natural da água de sair do meio menos concentrado em soluto (hipotônico) para o meio mais concentrado (hipertônico) a fim de igualar as concentrações tornando os meios isotônicos

Na osmose a membrana citoplasmática é semipermeável

Esse transporte não apresenta gasto de energia pela célula por isso é chamado de transporte passivo

Plasmólise

Faça uma salda, para o almoço, salada de alface

Tempere com vinagre, azeite e sal

Mas não coma no almoço, deixe para a janta

Na hora do jantar você vai perceber que as folhas do alface estarão todas murchas

Aconteceu o seguinte: as células que constituem as folhas do alface foram temperadas e o tempero tornou o meio extracelular hipertônico. Por osmose, a água que estava no meio intracelular, hipotônico em relação ao extracelular, saiu dos vacúolos das células fazendo com que a membrana citoplasmática se "descolasse" da parede celulósica e as células murcharam, murchando, consequentemente, as folhas

Deplasmólise

Agora, pegue as folhas murchas: coloque-as num copo com água - límpida e transparente -

Nesse caso, o meio intracelular estará hipertônico em relação ao meio extracelular, hipotônico

Por osmose, a água sairá do meio hipotônico para o meio hipertônico, ou seja, de meio extracelular para o  intracelular deixando as células túrgidas, bonitas...

Hemólise

Um glóbulo vermelho, também chamado eritrócito (eritro = vermelho; cito = célula) ou hemácia, quando mergulhado em um meio hipotônico, por osmose, ganhará tanta água que sua membrana se quebrará

Em todos os casos, a água sairá do meio hipotônico para o meio hipertônico, ou seja, do meio menos concentrado para o meio mais concentrado em soluto a fim de igualar as concentrações, ou seja, torna-los isotônicos.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Difusão facilitada

Na fotossíntese os vegetais produzem glicose, que é alimento. Por isso, são chamados de autótrofos (auto = por si mesmo; trofos = alimento)

Porém, os vegetais produzem mais glicose do que necessitam e as que sobram acomodam em moléculas chamadas amido (que contém, aproximadamente, 1400 glicoses)

As moléculas de amido são armazenadas em orgãos denominados leucoplastos

O amido é a substância nutritiva de reserva dos vegetais

O amido é um carboidrato classificado como polissacarídeo

Nossa dieta é rica em carboidrato, pois nos alimentamos de saladas, legumes, frutas e massas (que são feitas de trigo e o trigo é um vegetal)

Os carboidratos sofrem digestão na boca e no intestino delgado e, seja oligossacarídeos ou polissacarídeos, serão digeridos em moléculas de glicose e absorvidas, caindo na corrente sanguíne

No sangue, a insulina "leva" a glicose às células, porém, essas são insolúveis aos lipídios da membrana citoplasmática necessitando de um facilitador que as leve para o meio intracelular

Os facilitadores são proteínas denominadas carreadoras ou permeases que transportam a glicose do meio mais concentrado para o meio menos concentrado, sem gasto de energia pela célula

Essa difusão chama-se difusão facilitada e é um tipo de transporte passivo

A glicose que sobra em nosso organismo é transformada em glicogênio (molécula contendo, aproximadamente, 30000 glicoses) que é armazenado nas células musculares e no fígado

Glicogênio é a substância nutritiva de reserva dos animais

A difusão facilitada acontece, também, com aminoácidos, vitaminas e alguns íons como o sódio, potássio e cálcio

Na difusão facilitada a membrana citoplasmática é impermeável ao soluto

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Transporte através da membrana

Há dois tipos de transporte através da membrana.

Um, com gasto de energia pela célula, chamado transporte ativo

Outro, sem gasto de energia pela célula, chamado transporte passivo

O transporte passivo é feito por substâncias que se difundem através da membrana citoplasmática

A membrana citoplasmática é constituída por fosfolipídios e proteínas (ela é lipoprotéica) e, os fosfolipídios, têm extremidades hidrofóbicas (com aversão à água) e hidrofílica (com afinidade à água)

As extremidades hidrofóbicas estão voltadas umas para as outras

As extremidades hidrofílica estão voltadas para as superfícies internas e externas da membrana

Mergulhadas nos fosfolipídios estão as proteínas


Soluto: é o nome dado às partículas de uma solução

Solvente: é o nome dado ao líquido de uma solução

Meio hipertônico: é quando a solução contem mais soluto que solvente

Meio hipotônico: quando a solução contem mais solvente que soluto

Meio isotônico: quando a quantidade de soluto e solvente numa solução são equivalentes

Gradiente de concentração: as partículas tendem a se dirigir sempre a favor do gradiente de concentração, ou seja, do local de maior concentração em soluto para o de menor concentração


Difusão simples: a sacarose torna o meio extracelular (o lado de fora da célula) hipertônico


A água deixa o meio intracelular (o lado de dentro da célula) isotônico


A tendência da sacarose é entrar na célula e a da água e sair da célula até que os meios intra e extracelular tenham a mesma quantidade de água e sacarose


Isto é, os meios tornem-se isotônicos


A difusão simples é um tipo de transporte passivo


Na difusão simples a membrana plasmática é totalmente permeável

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Lembre-se

No cruzamento entre organismos homozigotos recessivos os descendentes serão todos, 100%, homozigotos recessivos.

No cruzamento entre organismos homozigotos dominantes os descendentes serão todos, 100%, homozigotos dominantes

No cruzamento entre organismos heterozigoto e homozigoto dominante os descendentes serão todos homozigotos dominantes, porém, 50% serão heterozigotos e 50% serão homozigotos

No cruzamento entre organismos heterozigoto e homozigoto recessivo teremos nos descendentes o surgimento de 50% da característica dominante (heterozigotos) e 50% da característica recessiva (homozigotos)

Já, no cruzamento entre organismos heterozigotos, os descendentes apresentarão
75% da característica dominante ( 25% homozigotos e 50% heterozigotos) e 25% apresentarão a característica recessiva. É o famoso 3 : 1

Conceitos da genética

Convencionou-se que a carga genética, pares de alelos ou genótipo será sempre representado por letras do alfabeto e na seguinte forma:

utiliza-se a primeira letra da palavra que identifica a característica recessiva, em minúsculo, para o alelo recessivo e, em maiúsculo, para representar o alelo dominante.

Exemplo: a hemofilia é uma herança ligada ao sexo determinada pelo alelo recessivo localizado no cromossomo X da mulher, ou seja,

XhXh > a mulher é hemofílica

XHXh > a mulher é portadora, porém normal

XHXH > a mulher é normal

XhY > o homem é hemofílico

XHY > o homem é normal

Portanto:

HH alelos dominantes

Hh alelos dominante e recesivo

hh alelos recessivos

Indivíduos homozigotos: possuem alelos só dominantes ou só recessivos (HH, hh)

Indivíduos heterozigotos: possuem um alelo dominante e outro recessivo
(Hh)

Genótipo: (do grego genos, originar, provir, e typos, característica) é o próprio gene, que é representado pelas letras maiúsculas e minúsculas do alfabeto. (Aa, Dd, HH...)

Fenótipo: (do grego pheno, evidente, brilhante, e typos, característica) são todas as características que se observa no organismo ou, então, podemos determinar através de exames específicos. É a manifestação do genótipo.

Lócus gênico: é o local onde o gene se aloja no cromossomo

Genes alelos: são genes que se alojam em lócus correspondentes em cromossomos homólogos

Cromossomos homólogos: são aqueles que apresentam mesmo tamanho e mesmo formato

Gene dominante: é aquele que sozinho determina a característica (Aa)

Gene recessivo: só expressa sua característica se estiver junto ao outro alelo recessivo (aa)

domingo, 21 de novembro de 2010

Coração de Estudante

Milton Nascimento

Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar

Pode estar aqui do lado
Bem mais perto que pensamos
A folha da juventude
É o nome certo desse amor

Já podaram seus momentos
Desviaram seu destino
Seu sorriso de menino (ou de menina)
Quantas vezes se escondeu

Mas renova-se a esperança
Nova aurora a  cada dia
E há que se cuidar do broto
Pra que a vida nos dê
Flor e frutos

Coração de estudante
Há que se cuidar da vida
Há que se cuidar do mundo
Tomar conta da amizade

Alegria e muito sonho
Espalhados no caminho
Verde, plantas e sentimento
Folhas, coração,
Juventude e fé.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tecido sanguíneo

A corrente sanguínea é encarregada de todo o transporte a longa distância do sangue, que é composto por glóbulos vermelhos, glóbulos brancos, plaquetas e plasma e tem as funções de defesa, nutrição e oxigenação do organismo.

Em uma pessoa adulta, o sangue corresponde mais ou menos a  5 litros.

O sangue é constituido pela parte líquida e pelos chamados elementos figurados.

Parte Líquida:
Chamada de plasma ou soro, representa 55% do sangue, sendo que do seu total 90% é água e o restante são nutrientes como: glicose, lipídios, aminoácidos e  íons, anticorpos, hormônios, enzimas e materiais de excreção como a uréia e ácido úrico.

Elementos figurados:
Glóbulos vermelhos, eritrócitos ou hemácias:
Tem uma vida média de 120 dias, são produzidas na medula óssea (epífises) na proporção de 1,5 milhão por segundo, existem aproximadamente 5 milhões por milímetro cúbico.

Quando maduras tornam-se anucleadas e têm forma de disco bicôncavo, têm como principal função a oxigenação de todo o corpo humano, que é possível graças a presença da hemogloblina, um pigmento de cor vermelha que se une às moléculas de oxigênio no pulmão e daí, percorrendo toda a circulação sanguínea, leva o oxigênio até às células.

Glóbulos brancos ou linfócitos:
Tem uma vida média de 12 à 13 dias, são células nucleadas e reproduzem-se com bastante facilidade. Existem na proporção de 1 ou 2 para 1000 Glóbulos Vermelhos.

Plaquetas:
Tem uma vida média de 8 à 10 dias, são fragmentos celulares dos megacariócitos da medula óssea. Sua função é muito importante no entupimento de falhas nos vasos sanguíneos e na formação de coágulos.

O sangue é formado na medula óssea vermelha.

No tecido sanguíneo e no interior das plaquetas encontra-se a enzima Tromboplastina (proteína específica com função enzimática).

A Tromboplastina (substância liberada pelo tecido quando lesado), age como enzima, na conservação da Protrombina em uma forma ativa, que é a Trombina.

A trombina converte o fibrinogênio em fibrina que forma uma rede insolúvel, na qual se prendem hemácias e plaquetas, dando início a coagulação.

Tromboplastina> Protrombina >Trombina>Fibrinogênio>Fibrina

Após a reparação do tecido lesado, o coágulo se desfaz.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Síndrome de Down

A síndrome de Down (SD) é a síndrome genética melhor conhecida. É responsável por 15% dos portadores de atraso mental que frequentam instituições próprias para crianças especiais. Sua primeira descrição clínica foi publicada em 1866 por Langdon Down.

É também chamada de mongolismo devido à aparência facial de seus portadores.

O diagnóstico preciso é feito através do cariótipo que é a representação do conjunto de cromossomos de uma célula. Na figura abaixo é apresentado um cariótipo de uma paciente portadora da SD.

O cariótipo é, geralmente, realizado a partir do exame dos leucócitos obtidos de uma pequena amostra de sangue periférico. É também possível realizá-lo, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida intra-uterina, utilizando-se tecido fetal.

A causa da SD é o excesso de material genético proveniente do cromossomo 21. Seus portadores apresentam três cromossomos 21, ao invés de dois, por isto a SD é denominada também Trissomia do 21.

                                                                        Cariótipo

A incidência da SD é de, aproximadamente, 1 para 800 nascidos vivos.

Há uma relação importante entre a concepção de crianças com a SD e a idade materna. Após os 35 anos a mulher tem maior probabilidade de ter filhos com a SD.

Aos vinte anos o risco é de 1 para 1600, enquanto que aos 35 anos é de 1 para 370. A SD ocorre em todas as raças e em ambos os sexos.

As características clínicas da SD são congênitas e incluem, principalmente:

Atraso mental, hipotonia (fraqueza) muscular, baixa estatura, anomalia cardíaca, perfil achatado orelhas pequenas com implantação baixa, olhos com fendas palpebrais oblíquas, língua grande, protrusa e sulcada, encurvamento dos quintos dígitos e prega única nas palmas.

A expectativa de vida para os pacientes com SD é de, aproximadamente, 35 anos e depende da presença e da gravidade da anomalia cardíaca.

Em relação a fertilidade, as mulheres com SD têm um risco de 50% de terem crianças igualmente afetadas, enquanto homens com a SD dificilmente se reproduzem, devido ao atraso mental.

Os pacientes com a SD apresentam imunodeficiência, o que leva a maior suscetibilidade a infecções, além de risco aumentado de desenvolver neoplasias (câncer), particularmente leucemia.

São comuns também distúrbios respiratórios. Estima-se que 65 a 80% dos fetos com a SD são abortados expontaneamente

Síndrome de Turner

A síndrome de Turner é bastante rara e ao contrário da síndrome de Klinefelter afeta apenas indivíduos de sexo feminino e não possui cromatina sexual, são monossomicos, ou seja, em exames de seu cariótipo revelou a presença de 45 cromossomos, sendo que do par dos sexuais há apenas um X. Sendo seu cariótipo representado por 45,X.

A ST ocorre em apenas 1 mulhere entre 3.000 nascimentos, devido ao grande número de abortos que chega ao índice de 90-97,5%).

O surgimento da sindrome pode surgir quando esta ausente o cromossomo x paterno no espermatozóide.

As meninas com esta Síndrome são identificadas ao nascimento, ou antes, da puberdade por suas características fenotípicas distintivas. A constituição cromossômica mais freqüente é 45, X sem um segundo cromossomo sexual, X ou Y.
                                                                       Cariótipo


Quando adultas apresentam geralmente baixa estatura, não mais que 150 cm; linha posterior de implantação dos cabelos baixa (na nuca) ;

pescoço alado; retardamento mental; genitálias permanecem juvenis; ovários são atrofiados e desprovidos de folículos, portanto, essas mulheres não procriam, exceto em poucos casos relatados de Turner férteis;

devido à deficiência de estrógenos (hormônio feminino) elas não desenvolvem as características sexuais secundárias ao atingir a puberdade, sendo, portanto, identificadas facilmente pela falta desses caracteres; assim, por exemplo, elas não menstruam (isto é, tem amenorréia primária);

grandes lábios despigmentados; pêlos pubianos reduzidos ou ausentes; desenvolvimento pequeno e amplamente espaçados da mamas ou mamas ausentes;

pelve andróide, isto é, masculinizada; pele frouxa devido à escassez de tecidos subcutâneos, o que lhe dá aparência senil; unhas estreitas; tórax largo em forma de barril; anomalias renais, cardiovasculares e ósseas.

No recém nascido, há freqüentemente edemas nas mãos e no dorso dos pés, que leva a suspeitar de anomalia.

Não exibem desvios de personalidade, ou seja, sua identificação psicossocial não é afetada.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

SISTEMA CARDIOVASCULAR - sangue, transportador de moléculas e íons

Funções do sistema cardiovascular

O sistema cardiovascular permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência:


transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue.

A hemoglobina, proteína localizada nos glóbulos vermelhos e com a função de transportar gases, leva O2 dos pulmões até às células e traz CO2 das células para os pulmões.

transporte de nutrientes: no intestino delgado, os nutrientes resultantes da digestão passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue.

Por essa verdadeira "auto-estrada", os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial que banha as células, chegando até elas.

transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos,

mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo.

O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção, é feito pelo sangue.

transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos,

distribuídos pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo.

A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue.

Um de seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e, consequentemente, a liberação da bile no duodeno.

intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte.

Células do fígado e dos músculos, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio,

que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo.

transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas diversas partes do organismo,

colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas as regiões;

permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado.

distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes da defesa contra agentes infecciosos.

coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas,

pedaços de um tipo celular da medula óssea (megacariócito), com função na coagulação sanguínea.

O sangue contém ainda fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sanguíneo.

O sistema cardiovascular é composto pelo miocárdio, um músculo liso e de contração involuntária

- o coração - cuja função é bombear o sangue para todo corpo

e não amar ou odiar, por exemplo, como muita gente pensa.

É constituido, também, pelas veias cavas, inferiores e superiores, e pulmonares; além das artérias aorta e pulmonares.

Através dos pulmões, nos alvéolos, que são irrigados por capilares sanguíneos,

acontecem as trocas gasosas (fenômeno denominado hematose),

ou seja, o gás oxigênio inspirado cai na corrente sanguínea,

e de lá será transportado pelos globúlos vermelhos, também chamados hemácias ou eritrócitos 

- que possuem a hemoglobina - molécula proteíca que contém Fe -  até as setenta e cinco trilhões de células do nossa corpo (aproximadamente).

Nas células, ocorrem a glicólise, o ciclo de Krebs e a respiração celular com a produção de gás carbônico.

 Esse gás será levado, pelo sistema cardiovascular, até os pulmões para ser expirado por esse órgão.

-a esse conjunto, inspiração e expiração, chamamos respiração -

O coração possui quatro câmaras

duas superiores 


- átrios direito e esquerdo (também chamados aurículas) -


e duas inferiores


- ventrículos direito e esquerdo -

Quando o oxigênio entra nas veias pulmonares (inspiração),

essas transportam o sangue rico em oxigênio - sangue arterial - até o átrio esquerdo, 

daí, pela valva bicúspide ou mitral (que liga as câmaras do lado esquerdo do coração)

o sangue passa para o ventrículo esquerdo ( a câmara com músculos mais fortes).

Esse ventrículo bomba o sangue para a artéria aorta que se prolonga em arteríolas

- capilares sanguíneos - que distribuem o oxigênio para todas as células.

Essas células, após a respiração celular, liberam gás carbônico no sangue (sangue venoso),

mais precisamente nas vénulas (capilares sanguíneos).

O gás carbônico, então, será transportado pelas veias cavas inferiores e superiores até o átrio direito.

Através da valva tricúspide, o sangue passará para o ventrículo direito,

de onde será bombeado para as artérias pulmonares que o levará até os pulmões,

onde acontecerá a expiração do CO2.

A circulação entre coração - pulmões - coração é denominada pequena circulação.

A circulação entre coração - organismo - coração é denominada grande circulação ou circulação sistêmica.


Pelo lado esquerdo do corpo circula sangue arterial e pelo lado direito circula sangue venoso

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Glicose - nossa principal fonte de energia

Nossa dieta é rica em carboidratos!

Toda salada, todo legume, frutas, pães e massas que comemos contem amido (porque pães e massas têm, como ingrediente, farinha de trigo, que é um vegetal).

Nosso sistema digestório transforma o amido em mil e quatrocentos moléculas de glicose que, com a ajuda do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, é levada a todas as células do nosso organismo.

A glicose é insolúvel em lipídios e a constituição da membrana plasmática é lipoprotéica (fosfolipídios e proteínas), por isso, para a glicose entrar na célula, acontece a difusão facilitada, ou seja, um transportador facilita a entrada da molécula (transporte passivo, sem gasto de energia pela célula).

Normalmente, comemos mais glicose do que necessitamos. Então, as glicoses em excesso são transformadas em glicogênio, uma macromolécula constituída por trinta mil glicoses ligadas quimicamente entre si.

O glicogênio, substância nutritiva de reserva dos animais, será armazenado no fígado e nas células musculares.

Sempre que necessário o hormônio glucagon, produzido no pâncreas, retira o glicogênio de onde ele está armazenado e o libera, sob a forma de glicoses, na corrente sanguínea, disponibilizando-as para as células.

RESPIRAÇÃO AERÓBICA - GLICOLISE - CICLO DE KREBS - CADEIA RESPIRATÓRIA

No citoplasma da célula a glicose é quebrada em duas novas moléculas chamadas àcido pirúvico e a energia liberada na reação é armazenada em quatro moléculas de adenosina tri fosfato (ATP). Dois ATPs serão utilizados pela célula sobrando outros dois. Esse fenômeno é denominado glicólise.

O ácido pirúvico encaminha-se até a mitocôndria da célula.

Mitocôndrias são as "máquinas de força" das células.

Na mitocôndria, o ácido pirúvico entrará no ciclo do ácido cítrico ou ciclo de Krebs e será convertido em aldeído acético.

O aldeído acético, pouco reativo, combina-se com uma substância chamada coenzima A (COA), originando a acetil-coenzima A (acetil-COA), que é reativa. Esta, por sua vez, combina-se com um composto. Nesse momento inicia-se o ciclo de Krebs, fenômeno biológico ocorrido na matriz mitocondrial.

Da reação da acetil-CoA ocorrem series de desidrogênações e descarboxilações até originar uma nova molécula de ácido oxalacético, definindo um ciclo de reações que constitui o ciclo de Krebs.

Desidrogênações e descarboxilações é a retirada dos átomos de hidrogênio e carbono da molécula.

Após o ciclo de Krebs acontece a cadeia respiratória. Essa fase ocorre nas cristas mitocondriais.

Na cadeia respiratória, verifica-se a participação de citocromos que tem papel de transportar elétrons dos hidrogênios. Na medida que os elétrons passam pela cadeia de citocromos, liberam energia gradativamente. Essa energia é empregada na síntese de ATP.

O processo respiratório pode ser equacionado assim:

C6H12O6 + 6O2 -> 6CO2 + 6 H2O + 36 ATPs.

Portanto, somando-se os dois ATPs da glicólise e os trinta e seis desse processo, teremos disponibilizados às células, a partir de uma molécula de glicose, um total de trinta e oito ATPs.

Citocromos são proteínas que efetuam o transporte de elétrons. São encontradas sob a forma de proteínas.

Durante todo esse processo são liberadas moléculas de CO2, gás carbônico, e é a quantidade de gás carbônico no sangue que irá induzir o ato de respirar.

Quando o organismo necessita de energia, as moléculas de ATPs serão quebradas em ADPs e em AMPs (adenosina di fosfato e adenosina mono fosfato) liberando energia mecânica e calor.

Quanto mais energia liberada, mais calor.

A água, então, absorve esse calor e o libera no suor ou na urina, num fenômeno chamado homeostase hídrica, que é o controle da temperatura do nosso organismo (ói que bonitinho).